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As Bordadeiras da Ilha Negra – CHILE

As Bordadeiras da Ilha Negra – CHILE

Há duas horas de Santiago, há uma cidade costeira chamada Isla Negra, na maior parte das vezes as pessoas a conhecem por causa do escritor Pablo Neruda, que tinha lá uma casa, hoje museu .

Mas lá também surgiu nos idos dos anos 60, um grupo de mulheres que se juntaram para bordar.

Nesse momento os problemas ficavam de fora, nesse universo mágico criado por elas ao redor de uma mesa ao ar livre, cada uma delas tinha sua função; uma desenhava, outra passava o risco, mas todas bordavam era o momento da semana, normalmente aos domingos que elas se dedicavam a elas mesmas, não eram as mães, nem as esposas, eram o que queriam ser o bordado libertava a alma delas, era o “respiro” para a vida ficar mais leve.

O mar as aves do litoral e os animais do campo a vida simples tudo que inspirava o poeta também as tocava de alguma maneira, enquanto ele usava as palavras elas usavam as linhas…

Neruda escreveu sobre as bordadeiras  em Para nacer he nacido (1969) , afirmando “Nada é mais belo do que esses bordados, distintos em sua pureza, radiantes com uma alegria que superou muitos sofrimentos. Apresento com orgulho as bordadeiras de Isla Negra. Está claro por que minha poesia criou raízes aqui”…

Durante a década seguinte com a popularização da arte muitas obras foram enviadas para participar de exposições internacionais, Brasil, França, Inglaterra e outros países receberam as peças bordadas em Bienais e exposições.

As obras que estavam expostas na Bienal de Veneza desapareceram em setembro de 1973, depois que a ditadura de Pinochet tomou conta do prédio e o transformou em seu centro de operações.

Elas somente foram recuperadas em 2019.

Alguns pesquisadores afirmam que as Bordadeiras de Isla Negra influenciaram outros projetos têxteis como os feitos no Chile pelos grupos arpilleristas da década de 1970.

As arpilleristas trabalham de forma diferente: enquanto as bordadeiras usam principalmente técnicas de bordado, as arpilleristas trabalham com retalhos de tecido e os combinam com outros materiais.

 

Crédito de imagens: Bienal de Veneza

 

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